domingo, 16 de novembro de 2008

Motivação... é necessária! Mas com qual foco?

No último mês ouvi algumas vezes sobre motivação, desde uma palestra de um caboclo famoso que teve na cidade, a uma palestra que minha esposa foi divulgada por um grupo do Empretec, assim como algumas reuniões na empresa, assim como alguns bate-papos, e algumas leituras que acabei por fazer e meditar...

Acho que realmente a parte "motivacional" das nossas vidas é extremamente importante em nossas carreiras pessoais e profissionais, mas quando vamos a uma palestra, ou lemos um livro, estamos nos motivando a quê? Estamos realmente utilizando o foco certo?


Duas coisas que me chamaram a atenção foram as histórias de "deixar um legado" e "determinar um sonho"...

Deixar um legado... soa poético, uma ideia bonita... mas que tipo de legado você quer deixar? Quem disse que você quer que seu legado seja estritamente profissional e naquela exata empresa que você atua??

Acredito que a grande maioria das pessoas não faz exatamente o que gosta e de certa forma se dedica a algo diferente nas horas vagas que mais lhe agrada. Em momento nenhum isso é desculpa para fazer as coisas mal feitas no trabalho, mas também é o motivo de não querer se dedicar 100% a um trabalho que na grande maioria das vezes, só traz o crescimento do bolso e do ego do dono da empresa...

Nem sempre tudo envolve dinheiro também... conheço casos de pessoas que não são as melhores profissionais do mundo, mas são excelentes mães... seus filhos são seu legado...

Portanto, para mim, essa história de legado é muito pessoal para ser simplesmente "motivado" dentro de uma empresa.

Quase chegando no mesmo ponto, existe o papo de "determinar um sonho"...

Quando estudei a pirâmide da Hierarquia das necessidades de Maslow, percebi que o item "auto-realização" é inalcançavél, pelo simples motivo que somos seres voláteis e não simplesmente um "sonho" em um momento estático, nossos sonhos (ou necessidades de auto-realizações) mudam dia a dia na nossa vida, e é isso que nos impulsiona a continuar... portanto, quem alcançou seu sonho "determinado" não tem mais motivação pra continuar?

Determinar sonhos a curto prazo? Otimo! Pra sua vida ou carreira profissional? BULLSHIT!


No mais... let the madness begin... again and again!

domingo, 9 de novembro de 2008

Merda pra todo lado!

Hoje, por um infortúnio do destino, fiquei uns 15 minutos parado no trânsito em pleno sol de meio-dia pra um bando de filhos-de-éguas passarem montados sobre a ponte (fechada nos 2 sentidos) numa cavalgada.

Ok. Respeito o gosto de cada um, mas uma coisa realmente me incomodou... A política de boa vizinhança, bom senso, bons costumes, boa educação, senso de higiene e convivência urbana ensina que o dono de um cachorro por exemplo, deve, ao passear com o animal, levar um sacola para recolher a merda do cachorro, por motivos diversos, como, para ninguém pisar em cima, para não ir para o esgoto sem tratamento, etc... Então, com que direito, um bando de "garotos vaca" saem simplesmente andando pela cidade com seus cavalos a cagar TUDO!

Por acaso bosta de cavalo é mais bonita que qualquer outra? Fede menos? Polui menos? É higiênica?

Tenha santa paciência!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Vida e Morte empresarial

Alguns dias atrás, estava lendo sobre "colaborativismo" e de como a internet tem se tornado palco um processo colaborativo onde todos tem possibilidade de exprimir opiniões sobre diversos assuntos, produtos, teorias, etc.. através de fóruns, wikis, e demais ferramentas que existem na internet. Além disso, era feito uma comparação entre ser "colaborador" ou ser "idiota", afinal, o proprietário da ferramenta está lucrando com aquilo e é você (colaborador) que faz com que ele ganhe dinheiro, sem ganhar nada por isso.

Obviamente, no processo capitalista, o que as pessoas querem é lucro, a hão de falar (como já ouvi diversas vezes em reuniões) que a função de uma empresa é simplesmente "dar lucro"! Baita mentira, de cabeças pequenas, de CEOs e caciques de merda que usam o nome "responsabilidade social" como marketing para a população achar que a empresa se importa... As empresas podem (e devem) ter objetivos maiores que o lucro, ter o papel do "idiota" do colaborador, que ao fazer sua parte para o bem estar, informação e educação geral ou de determinado grupo, pode, talvez, gerar lucro para sí ou para outro...

Claro que, ninguém trabalha de graça e obviamente nenhum supermercado vai deixar você sair com o carrinho cheio de compras de lá ao alegar no caixa que seu trabalho "ajudou algumas pessoas mas não rendeu dinheiro o suficiente"... mas no final das contas, por que ser ganancioso?

Acredito que a resposta está na cultura, na consciência humana, no pensamento que existe de "se aproveitar" das situações de forma a gerar desconforto e prejuízo alheio, pelo simples motivo do benefício próprio, o "eu" sempre acima do coletivo... Claro, ninguém precisa virar a Madre Teresa e ajudar o mundo, mas que pelomenos ajude de alguma forma que o seu talento permita, sem te prejudicar... e que use da ajuda alheia sem abusar da mesma.

É tão difícil aceitar que seu trabalho é benéfico para a sociedade, e mesmo que alguém esteja lucrando com o que faz, é mais importante continuar do que simplesmente parar de beneficiar alguém e buscar lucrar mais e mais sem benefício algum para o coletivo numa corrida idiota de metas pra ver "quem lucra mais"?

E de certa forma, infelizmente o processo se perde em vias burocráticas, onde, pela lógica, o governo lucra com o trabalho de cada um, e de certa forma, nunca vemos o retorno disso, pelomenos não como o esperado, sendo que, ao invés de ser incentivado (monetáriamente) aqueles que fazem bem social, são incentivados aqueles que já dão lucros ou que tem melhor "apadrinhamento"... afinal... Money is the gas! E no final das contas, as empresas que geram cultura e bem estar morrem, pelo simples fato de não serem lucrativas o suficiente, e cada vez mais nascem mais empresas que não agregam NADA na sociedade, e continuam vivendo eternamente em berço esplêndido ó pátria amada Dinheiro!

Em milhares de anos de evolução, infelizmente, a humanidade ainda não aprendeu a viver no coletivo sem querer tirar vantagem chegando a prejudicar o todo.

No final, me desvirtuei totalmente da idéia do texto, e outra hora escrevo o que iria escrever...

De qualquer forma, o que você prefere? Ser o colaborador idiota ou o idiota capitalista?