segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Vida e Morte empresarial

Alguns dias atrás, estava lendo sobre "colaborativismo" e de como a internet tem se tornado palco um processo colaborativo onde todos tem possibilidade de exprimir opiniões sobre diversos assuntos, produtos, teorias, etc.. através de fóruns, wikis, e demais ferramentas que existem na internet. Além disso, era feito uma comparação entre ser "colaborador" ou ser "idiota", afinal, o proprietário da ferramenta está lucrando com aquilo e é você (colaborador) que faz com que ele ganhe dinheiro, sem ganhar nada por isso.

Obviamente, no processo capitalista, o que as pessoas querem é lucro, a hão de falar (como já ouvi diversas vezes em reuniões) que a função de uma empresa é simplesmente "dar lucro"! Baita mentira, de cabeças pequenas, de CEOs e caciques de merda que usam o nome "responsabilidade social" como marketing para a população achar que a empresa se importa... As empresas podem (e devem) ter objetivos maiores que o lucro, ter o papel do "idiota" do colaborador, que ao fazer sua parte para o bem estar, informação e educação geral ou de determinado grupo, pode, talvez, gerar lucro para sí ou para outro...

Claro que, ninguém trabalha de graça e obviamente nenhum supermercado vai deixar você sair com o carrinho cheio de compras de lá ao alegar no caixa que seu trabalho "ajudou algumas pessoas mas não rendeu dinheiro o suficiente"... mas no final das contas, por que ser ganancioso?

Acredito que a resposta está na cultura, na consciência humana, no pensamento que existe de "se aproveitar" das situações de forma a gerar desconforto e prejuízo alheio, pelo simples motivo do benefício próprio, o "eu" sempre acima do coletivo... Claro, ninguém precisa virar a Madre Teresa e ajudar o mundo, mas que pelomenos ajude de alguma forma que o seu talento permita, sem te prejudicar... e que use da ajuda alheia sem abusar da mesma.

É tão difícil aceitar que seu trabalho é benéfico para a sociedade, e mesmo que alguém esteja lucrando com o que faz, é mais importante continuar do que simplesmente parar de beneficiar alguém e buscar lucrar mais e mais sem benefício algum para o coletivo numa corrida idiota de metas pra ver "quem lucra mais"?

E de certa forma, infelizmente o processo se perde em vias burocráticas, onde, pela lógica, o governo lucra com o trabalho de cada um, e de certa forma, nunca vemos o retorno disso, pelomenos não como o esperado, sendo que, ao invés de ser incentivado (monetáriamente) aqueles que fazem bem social, são incentivados aqueles que já dão lucros ou que tem melhor "apadrinhamento"... afinal... Money is the gas! E no final das contas, as empresas que geram cultura e bem estar morrem, pelo simples fato de não serem lucrativas o suficiente, e cada vez mais nascem mais empresas que não agregam NADA na sociedade, e continuam vivendo eternamente em berço esplêndido ó pátria amada Dinheiro!

Em milhares de anos de evolução, infelizmente, a humanidade ainda não aprendeu a viver no coletivo sem querer tirar vantagem chegando a prejudicar o todo.

No final, me desvirtuei totalmente da idéia do texto, e outra hora escrevo o que iria escrever...

De qualquer forma, o que você prefere? Ser o colaborador idiota ou o idiota capitalista?

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